ANTÔNIO VAZ GONDIM, MILITAR, CAPITÃO MOR DO RIO GRANDE DO NORTE, NOME DE
RUA, NO BAIRRO CIDADE ALTA, NATAL, NASCEU EM PORTUGAL, EM 19 DE JULHO DE 1620, FILHO DE ANTÔNIO VAZ E BRITES ESTEVES. CASADO COM JOANA GOMES; ELE GOVERNOU O
RIO GRANDE DO NORTE EM TRÊS PERÍODOS: 1654 A 1657, FEVEREIRO DE 1600 A 04 DE
JANEIRO DE 1967; E 21 DE JANEIRO DE 1967 A 21 DE MAIO DE 1677; FOI O PRIMEIRO
CAPITÃO-MOR DO RIO GRANDE DO NORTE APÓS O DOMÍNIO HOLANDESES
Governou a Capitania do Rio Grande em duas oportunidades, a
primeira das quais por três triênios consecutivos. A designação inicial terá
sido em 1654, segundo avalia CÂMARA CASCUDO: Creio ser sua primeira nomeação
para o Rio Grande logo em janeiro de 1654. Vicente de Lemos dá, por combinação
documental, a data de janeiro de 1656 (mas) julgo que Antônio Vaz veio (...)
logo após a vitória sobre os batavos (1989, p. 73). Em abril de 1657 o
Governador-Geral do Brasil, Francisco Barreto de Meneses, renova-lhe a patente
para o triênio 1657-58-59. Posteriormente, atendendo solicitação do Senado da
Câmara de Natal, o mesmo Barreto de Meneses torna a reconduzi-lo ao cargo por
novo período (1660-61-62) mas, por circunstâncias regimentais, nele permaneceu
até o ano seguinte, quando transferiu-o a Valentim Tavares Cabral. Os
sucessivos retornos bem ilustram e referendam cabalmente sua notável
performance administrativa. Efetivamente, nesta primeira fase (1654-1663),
dedicou-se com especial empenho a recompor as condições físicas e funcionais da
área sob sua jurisdição. Como viu-se nos itens anteriores, os holandeses haviam
deixado um rastro de destruição praticamente total do território, mas não só
eles, claro, convém assinalar: os estragos nas fortificações, por exemplo,
podem ser debitados, também, às ações bélicas lusitanas, posto que o seu
canhoneio, devastando os redutos inimigos, operaram o desmantelamento quase
completo da própria Fortaleza. As plantações também estavam arrasadas, o gado
dizimado e os documentos queimados literalmente. Outra preocupação de Vaz
Gondim era fazer retornar aos sítios e fazendas circundantes mais de 150
colonos, estes essenciais ao repovoamento estratégico da comunidade, para isso
montando duas companhias de infantaria a fim de proporcionar-lhes a sensação de
segurança, uma postada na Fortaleza e outra no núcleo central da cidade. Para a
recuperação da Igreja Matriz, socorreu-se do Governador-Geral no que foi
prontamente atendido. Nomeou oficiais de justiça, criando as condições
necessárias ao reinício da burocracia oficial. Solicitou, e recebeu, material
bélico da Capitania de Pernambuco, incluindo canhões, mantimentos, tecido para
a confecção de fardamento e outras finalidades, além de utensílios agrícolas
diversos. Expediu um regimento interno para os capitães-mores, estabelecendo
normas de direitos e deveres daquela autoridade. Com o título de “Restaurador”,
passou o comando da Capitania, como já foi dito, a Valentim Tavares Cabral, a 5
de dezembro de 1633, conforme VICENTE DE LEMOS, baseado no historiador
VARNHAGEN. Quanto ao segundo mandato, foi reconduzido por patente de 5 de
outubro de 1672, tomando posse a 21 de junho de 1673. Aliás, em todo o percurso
do período colonial (1600-1822), apenas Agostinho César de Andrade, em fins do
séc. XVII, obteve igual distinção, conforme se verá adiante. A exemplo do que
foi dito em relação às suas seguidas nomeações, naquele primeiro momento, é de
supor ter sido pela competente administração anterior que mais uma vez foi
alçado àquele posto. Naquela quadra fôra o responsável pelo início da
reconstrução e do repovoamento da Capitania (fatos já abordados), ações
motivadoras, senão fundamentais à sua permanência. Neste segundo período, além de
retomar e consolidar as benfeitorias anteriores – inclusive as promovidas pelos
governos intermediários –, dedicou especial atenção às obras da Catedral, ainda
em estágio bastante embrionário. Efetuou novos reparos na Fortaleza dos Reis
Magos e construiu casas na cidade. Simultaneamente, convocou colonos de
reconhecidas posses e concedeu-lhes mais terras, estimulando-os a cultivá-las.
Em maio de 1677 passou o cargo a Francisco Pereira Guimarães
FONTE – LIVRO 400 NOMES DE NATAL, FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO E
INTERNET